segunda-feira, janeiro 30, 2006

A menina da lagoa

Uma menina nasceu. Uma filha lhe foi dada. Ela não quis. Tal qual Moisés (aquele, da bíblia), ela foi colocada nas águas, mas não era um rio, era uma lagoa. A criança não foi achada por uma princesa, mas sim por populares, pessoas comuns, como eu e você. Havia uma câmera no local, o que gerou o interesse da imprensa e facilitou a comoção nacional.
Julgando a mãe, querem linchá-la. Por quê? É aceitável que uma mãe não queira um filho. Basta agora colocar tudo em pratos limpos, preto-no-branco, e todas as outras frases usuais que são aplicáveis.

...

O tempo passou, a menina cresceu. Seus pais souberam numa certeza intrínseca, que era momento oportuno para ela saber de toda a história. Os recortes de jornais, as fitas de vídeo com as reportagens da época em que ela foi achada. Todo aquele "dossiê" veio à tona.
Nunca foi negada à menina a verdade. Agora, porém, com idade hábil para compreender todo o fato, lhe foi mostrado o que era impossível de explicar com palavras.
"Eu não odeio ela, não se preocupe", tranquilizou a menina. Sabia, certamente. "Entendo perfeitamente o que ela fez. Machuca saber que tudo aconteceu assim... mas... é a vida...", ela estava certa. A vida é a vida, e ela não é fácil. Era incrível ver o amadurecimento precoce das emoções daquela garota. Certamente foi preparada para receber tamanho choque.
No seu quarto, sozinha, chorou. Não era uma máscara que caíra. Não era um desabafo. Era um choro, uma tristeza compreensível, por não haver mais pra ela contos de fadas a respeito da sua mãe biológica, que lhe trouxe à vida. O último conto de fadas em que ela acreditava, tinha sido destruído. Melhor assim. Agora nada a prendia no passado, podia olhar sem anteparos para o futuro.

E seguiu em frente.

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Acreditem, isso aconteceu!

isso realmente aconteceu, uma amiga novata nesse universo intangível estava com problemas de... digamos... conexão:

xxxxx diz: olá,como vc está?

tinimuzel diz: oi td bem
xxxxx diz: não estou conseguindo desconectar a internet.pode me ajudar?
tinimuzel diz: é só vc clicar para desligar o computador... que ele vai desconectar automaticamente..
xxxxx diz: estou com o com o computador travado
tinimuzel diz: então desliga o computador no botão, direto... não tem problema
xxxxx diz: desligar o monitor direto
tinimuzel diz: não o monitor...
tinimuzel diz: o computador, a CPU... a torre
xxxxx diz: o q é CPU?
tinimuzel diz: onde vc apertou pra ligar o computador, lá vc aperta pra desligar...
tinimuzel diz: CPU é onde a gente coloca o cd, disquete... é aquela caixa...
xxxxx diz: VALEU!!!
tinimuzel diz: ok
xxxxx diz: ESTOU UM POUCO APAVORADA...VOU TENTAR.BOA NOITE.
tinimuzel diz: ok
tinimuzel diz: Deus te abençoe... vai dar tudo certo
xxxxx envia um wink: Reproduzir "Beijo"
tinimuzel diz: bjo...
xxxxx diz: AMÉM

o que dizer acerca dessas coisas? um pouco de humor no meu fim de noite...

quinta-feira, janeiro 26, 2006

O quê dizer? O quê dizer?

Um homem cansado que percorreu vinte quilômetros pedalando não pode estar em suas condições normais, visto que esse homem (jovem) é a representação do sedentarismo. Corri à minha pasta de escritos e peguei um texto que remete a uma verdade. Estou pensando em retomar os trabalhos no livro do assassino legal... hehehe... ainda preciso fazer com que as pessoas amem o assassino...

***

À mesa do restaurante, abre aspas:
tinimuzel estava pensando em colocar à mostra um pedaço do primeiro capítulo do livro. Recuou. O livro é metódico, homicida, politicamente muito incorreto. O personagem central da trama faz a mocinha do Kill Bill (a moça que nunca está sozinha, pois ela mesmo estando só, já é uma thurman! kuakuakua! bah que horror, esse parênteses tá mto comprido, e a piada, muuuuuuito sem graça, vamos fechá-lo, ah! leia a frase sem o parênteses pra não correr risco de se perder... hehehe...) parecer uma dona de casa comum, pois ela mata por amor à sua filha e vingança, enquanto ele, mata por prazer sexual... ops... por prazer sexual ele faz outras coisas... hehehe... mas ele mata por escolha.
Resumindo, é algo que choca as pessoas em geral. Por esse motivo, Tinimuzel foi persuadido a não publicar os trechos da obra incompleta, provisoriamente intitulada: uma arma na mão e uma idéia na cabeça...
O Garçom ao lado da mesa, atônito e entorpecido pelo laridéu, pergunta: vocês aceitam um café?
Sim, por favor.
Fecha aspas.

(puxa, eu sou viciado em café?)